Coronavírus, SUS e as universidades públicas

O Canal do povo Novalimense
O primeiro alerta do coronavírus foi
notificado em dezembro do ano passado. Em janeiro de 2020, a China anunciou a
primeira morte. A epidemia já se espalhou por cinco continentes, sendo 15
países, inclusive o Brasil, que possui 433 casos prováveis da doença e dois
confirmados.
Duas cientistas do Instituto de Medicina
Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-SP) e um pesquisador do Instituto
Adolf Lutz (IAL) – ambas instituições públicas – sequenciaram o genoma do vírus
em tempo recorde. O processo demora, em média, 15 dias, mas foi realizado em 48
horas. Este mapeamento colabora para entender o histórico do vírus, o que interfere
na adoção de medidas adequadas para conter sua disseminação.
No ano passado, o ministro da Educação,
Abraham Weintraub, bloqueou 5,8 bilhões das universidades públicas e ainda
proferiu que nestes locais só existem “eventos ridículos e balbúrdia”. O Teto
de Gastos, Emenda Constitucional (EC) 95, aprovada no Governo Temer e mantida
no Governo Bolsonaro diminuiu o orçamento de diversas áreas, como a saúde e
educação. Somado a isso, o projeto do ministro da Economia, Paulo Guedes, prevê
ainda mais reduções.
Quem realiza pesquisa
para vacina, tratamento ou controle de doenças, faz o estudo epidemiológico e fornece
medicação específica é o SUS, a Anvisa e as instituições públicas. Inclusive, as
universidades federais são responsáveis por 95% das pesquisas no país. A
irresponsabilidade de um governo que não investe em saúde e educação se
escancara. Entretanto, será, ainda, a longo prazo, que todos os brasileiros
sentirão na pele as mudanças advindas com o tipo de política empregada por aqui