O uso das máscaras para proteção contra o coronavírus se tornou obrigatório em muitos lugares, como em Nova Lima, que segue a norma desde 16 de abril. Muitos pelo país têm aderido a recomendação das autoridades de saúde, como uma das medidas eficazes contra a disseminação da doença. Eficiência confirmada por uma pesquisa da UFMG, realizada neste mês, onde são analisadas como as partículas de saliva viajam pelo ar entre duas pessoas, neste caso, entre voluntários e manequins. O experimento – que por razões de biossegurança não foi feito com o coronavírus – mostrou claramente o poder da máscara e da distância social para prevenir o contágio.
Apesar dos dados e da recomendação incansável, parece que muita gente não entendeu o recado ou não considera a Covid-19 algo tão sério. Realidade ilógica ao pensar na marca desastrosa de mais de 20 mil mortes no país e os mais de 300 mil casos confirmados da doença. Ainda é comum ver a utilização da máscara no pescoço ou na bolsa, o que em nada auxilia na prevenção contra o vírus. A situação chega a ser pior. Alguns ainda partem para a ignorância quando são cobrados pelo uso do item. Um motorista da linha 7070, em Ibirité, por exemplo, teria recebido socos depois de pedir uso da máscara no coletivo a um passageiro, que teria fugido após a agressão.
A palavra empatia parece estar na moda nos discursos. Mas, ela nunca se fez tão necessária como agora – na prática – diante da pandemia. Além de outros cuidados, a máscara e o distanciamento social são importantes para preservar a própria saúde e a do outro, visto a ausência de uma vacina aprovada. A dor de perder membros da família pelo coronavírus também parece ser sentida só quando acontece dentro da própria casa, porém todos estão sujeitos a isso. É preciso prevalecer a humanidade e o olhar de que as mortes não são apenas números, mas histórias que não puderam continuar.